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Humilhação no Restaurante Coco Bambu Jk

Antes de começar a tecer a minha indignação, deixa eu explicar algumas coisas para vocês leitores, que podem não entender como funciona esse esquema de assessorias e tal.

Uma vez que você é uma figura conhecida em algum meio de comunicação as assessorias te convidam para conhecer lugares, e no meu caso que sou blogueira de receitas, ocorre que a maioria dos convites são para restaurantes. Em resumo as assessorias perguntam se vc quer conhecer o restaurante “x”, fazem a reserva, você vai, come de graça, posta alguma coisa nas redes sociais e pronto, conseguiram propaganda barata. É assim que funciona.

Eu geralmente só aceito convites do tipo se for em um local que eu já conheço e sei que é bom ou se for um evento com mais blogueiros e tal, aí vou pelas pessoas, para interagir. Mesmo assim dos mais de 50 convites que já recebi devo ter ido em dois. Eu geralmente não aceito pelos seguintes motivos:

  1. Gosto de ter liberdade de expressão e se eu aceitar o convite vou me sentir “na obrigação” de elogiar a casa, então prefiro pagar pelos restaurantes que vou.
  2. Eu não faço permuta. Meu espaço publicitário tem um valor porque eu conquistei com muito trabalho e dedicação e se eu fosse fazer permuta custaria pelo menos uns 10 de almoços. Trocar opinião por comida é se desvalorizar.
  3. Todos os convites são para São Paulo, e eu moro quase 100 km de distância. Então em tese eu pago para ir, uma vez que tem combustível, pedágio, estacionamento e o principal, as horas que deixo de trabalhar para ir até lá.

Dito isso vamos aos fatos.

Dia 07 recebi um convite da Gabriela Brazão da Gina von Hertwig Comunicações, para conhecer o restaurante Coco Bambu (unidade JK). Eu fui recentemente no Coco Bambu de Fortaleza. Comi bem, paguei minha conta e divulguei gratuitamente, como faço com os restaurantes que gosto. Como muita gente comentou e se interessou pelo local, achei que seria bacana conhecer uma unidade do mesmo restaurante em São Paulo para ver se tinha a mesma qualidade e poder indicar também.

Informei o dia que seria bom para mim e a Gabriela respondeu confirmando que OK, tudo certo.

Saí de Sorocaba, peguei trânsito e levei mais de 2 horas para chegar. Preocupada, liguei no restaurante para avisar que atrasaria 20 minutos já que eu tinha um outro compromisso antes. Eu disse para a atendente que tinha uma reserva no meu nome e perguntei se tudo bem se eu atrasasse um pouco. Achei logo de cara o atendimento ruim e desorganizado. Ela disse “eu fiz mesmo reserva para uma tal Tatiana, mas não sei agora o sobrenome, mas tudo bem quanto ao atraso“.

Chegamos no restaurante, entregamos o carro para o manobrista e me apresentei para a recepcionista: “Oi eu sou a Tatiana, do blog Panelaterapia e a assessoria de vocês fez uma reserva em meu nome”.

Como havia lugares disponíveis eu senti que ela nem ouviu o que eu disse e me encaminhou para uma mesa, uma vez que nem conferiu na lista meu nome. Foi então que percebendo que ninguém estava falando a mesma língua eu voltei até a recepcionista e perguntei se havia entendido que eu era CONVIDADA do estabelecimento. Ela sem se preocupar em checar, disse que não sabia de nada.

Liguei para a Gina Von Hertwig Comunicações e então fiquei sabendo que a Gabriela que me fez o convite e me confirmou a reserva por e-mail estava de férias. Essa outra pessoa, que também cuida da assessoria do Coco Bambu, me atendeu com muita má vontade inclusive mencionando que estava “tentando me ajudar”, como se estivesse fazendo um favor e isso não fosse uma obrigação dela diante da situação desagradável.Tudo isso comigo sentada na mesa e o garçom sem saber o que fazer.

Nesse momento eu pedi para falar com o gerente. Claro que eu não iria mais almoçar ali, nem que me servissem um banquete, mas ao menos eu me sentia na obrigação de dizer o quanto eles estavam sendo descuidados com essa questão de convidar uma pessoa e depois fazer com que ela se sentisse uma pedinte, e o quanto os funcionários dele eram destreinados, afinal em todo momento me trataram como se eu fosse uma aproveitadora.

A funcionária provavelmente orientada pela casa, disse que o gerente estava em reunião e não poderia me receber. Foi então que liguei novamente para Gina Von Hertwig Comunicações para comunicar que eu estava indo embora e me sentindo extremamente desrespeitada.

Paguei $22,00 por 10 minutos de estacionamento e enquanto esperava o meu carro, para fechar com chave de ouro essa epopéia da má educação a atendente confusa colocou a cabeça para fora do restaurante e gritou para mim: “tá liberada!“.

Aquela frase me soou como “pode vir comer de graça aproveitadora“! Respondi que já estávamos indo embora e segui para Sorocaba.

Gente, agora analisem comigo: eu saio da minha cidade, gasto tempo, gasolina, pedágio, estacionamento, para aceitar um CONVITE, mesmo tendo certeza que seria MUITO mais lucrativo para eles, uma vez que com as despesas que já citei eu poderia comer no melhor restaurante da minha cidade e sou tratada dessa forma????

Coco Bambu: a julgar pela assessoria que vocês contrataram para representá-los dá para entender o quão seus funcionários são destreinados e sem nenhum traquejo para lidar com situações inesperadas. Falta de respeito total de todos os envolvidos. Obrigada por me fazerem sentir uma aproveitadora barata que se vende por um prato de comida.

E por favor, não me convidem mais para comer de graça, porque se antes eu já não gostava da ideia, agora eu tenho certeza que não vale a pena. Aprendi a lição!

Não deu para deixar passar essa! Lamentável!

Parabéns aos envolvidos que conseguiram divulgar o Coco Bambu para mais de 1 milhão de pessoas, e ó: sem nem pagar a conta!!!

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Written by Tatiana Romano

Criadora do Panelaterapia. Reside em Sorocaba, deixou a profissão de Psicóloga e Professora para se dedicar à sua paixão pelas panelas e ao blog Panelaterapia que mantém desde 2009. Hoje se dedica a cozinhar, fotografar, escrever e brigar com a balança.

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