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A Epopéia da Lagosta

No auge dos meus 32 anos eu me perguntei: “Porque raios eu nunca comi lagosta?”.Bem, eu sempre morei no “interior do interior do interior” antes de me casar e a praia mais próxima ficava uns 700 km de distância e o segundo motivo é o preço absurdo cobrado nos restaurantes.

Essa semana ao fazer compras no Extra (hipermercado) me deparei com uma placa em letras vermelhas que piscavam para mim: “Lagosta Inteira R$ 29,00kg“.

Com toda minha ignorância e pelo “porte” da bicha eu achei que a lagosta pesava uns 5 kg, mas o “chef” da peixaria, um senhor muito simpático natural do Espírito Santo e caiçara de origem viu minha cara de curiosa e foi logo falando: “tá barata moça, quase o preço que se paga no porto“.Então tomei coragem e perguntei: “quanto pesa aquela, a maiorzona?”. Surpresa total com a resposta: Cerca de 900 gramas.

Fiquei numa alegria só por ter uma lagosta enorme pelo preço de uma “encostada” no McDonald’s, mas, em seguida olhei para aqueles seres assustadores, parecidos com aliens, deitados sobre a cama de gelo e pensei: “Jamé! No Fucking Way! Meda! Ela vai pular na minha cara!”.Dessa vez, a intervenção veio do marido: “Leva logo, eu ajudo” e foi reforçada pelo peixeiro: “Leva moça, você não vai se arrepender… cozinha só com água e sal… é fácil de limpar…“Levei a bicha para casa. Tinha a opção de comprar duas caudas congeladas pelo preço da bicha inteira, mas optei por levar a “menina” fresca! Devia ter comprado duas frescas!

O Marido fez assim (no início eu fiquei só de olho):Lavou bem, botou num panelão com água e sal apenas (li que tem que levar a lagosta ao fogo com a água ainda fria), deixou ferver por 3 minutos, tirou da panela e colocou embaixo da torneira para interromper o cozimento (é a mão do marido que segura a bicha na foto aí de baixo).


O peixeiro havia nos dito para partirmos a cabeça e as patas pois lá também havia carne, optamos por “desconectar” a cauda e nos livramos do resto rapidinho, se tinha alguma coisa lá, optamos por não saber. Até aqui, tudo muito simples!

Quando sobrou só a cauda do alien da lagosta, eu assumi a parada:Eu vi um vídeo dessa receita no YouTube e ficou fácil. Deitei a cauda numa tábua de madeira e com uma faca MUITO grande e afiada cortei a casca no sentido longitudinal (na verdade eu só finquei a faca e o marido acabou o serviço).

Logo que você partir a cauda, acredite, você vai saber o que deve ser retirado e o que deve ser comido (nada assustador). Depois da cauda limpa sobrará esses dois lindos pedaços! Tirei a carne com um garfo e reservei a “casca”.

Refoguei cebola na manteiga, adicionei a carne, temperei só com sal e pimenta e voltei a carne para dentro da casca. Essa etapa é rapidíssima senão endurece a carne ok?Por cima coloquei um pouco de molho branco (bechamel básico, a única diferença é uma colher de mostarda dijon), salpiquei parmesão e levei ao forno por 10 minutos.

A Katia (do Rainhas do Lar) tinha toda razão quando dizia que é importante que toda pessoa coma lagosta pelo menos uma vez na vida! Pelo preço do lanche do palhaço quero lagosta 4 vezes por semana!

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Written by Tatiana Romano

Criadora do Panelaterapia. Reside em Sorocaba, deixou a profissão de Psicóloga e Professora para se dedicar à sua paixão pelas panelas e ao blog Panelaterapia que mantém desde 2009. Hoje se dedica a cozinhar, fotografar, escrever e brigar com a balança.

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