Tatiana Romano
Eu era bem pequena quando comecei a assistir
a Ofélia com suas receitas maravilhosas didaticamente transmitidas pela voz
macia e paciente.
a Ofélia com suas receitas maravilhosas didaticamente transmitidas pela voz
macia e paciente.
Não sei se
nesse meio tempo surgiram outros programas, mas minha memória na seqüência
salta para o Note e Anote, na época, apresentado pela Ana Maria Braga na
Record.
nesse meio tempo surgiram outros programas, mas minha memória na seqüência
salta para o Note e Anote, na época, apresentado pela Ana Maria Braga na
Record.
Podem dar os adjetivos que quiserem à loira, mas ela fez
história na TV com sua naturalidade às vezes exagerada e a capacidade de fazer
um programa que atendia aos anseios das mulheres reais, das donas de casa, das
que precisavam ganhar uma graninha extra, agradar a família com uma guloseima
diferente ou simplesmente ocupar as suas tardes.
história na TV com sua naturalidade às vezes exagerada e a capacidade de fazer
um programa que atendia aos anseios das mulheres reais, das donas de casa, das
que precisavam ganhar uma graninha extra, agradar a família com uma guloseima
diferente ou simplesmente ocupar as suas tardes.
Era uma delícia
assistir à simpatia da Luzinete Veiga com suas mãos gordinhas e habilidosas, a
Isamara Amâncio que fazia aqueles bolos honestos (sem a cara de cenográfico que
hoje os bolos possuem), o querido Benjamin Abrahão, o talentoso Álvaro
Rodrigues e tantos outros.
assistir à simpatia da Luzinete Veiga com suas mãos gordinhas e habilidosas, a
Isamara Amâncio que fazia aqueles bolos honestos (sem a cara de cenográfico que
hoje os bolos possuem), o querido Benjamin Abrahão, o talentoso Álvaro
Rodrigues e tantos outros.
Depois da “era”
Note e Anote começaram a surgir os chefs “importados” e a beleza passou
a seu um atributo tão valorizado (ou até mais) do que ser um bom cozinheiro.
Agora para fazer comida na TV você tem que ser bonito (a).
Note e Anote começaram a surgir os chefs “importados” e a beleza passou
a seu um atributo tão valorizado (ou até mais) do que ser um bom cozinheiro.
Agora para fazer comida na TV você tem que ser bonito (a).
Isso me faz
lembrar as situações em que o mercado de trabalho exige “boa aparência” para
vendedores. Sinceramente,
quando entro numa loja não dou a mínima se o vendedor (a) é bonito ou feio, eu
quero é ser bem atendida oras!
lembrar as situações em que o mercado de trabalho exige “boa aparência” para
vendedores. Sinceramente,
quando entro numa loja não dou a mínima se o vendedor (a) é bonito ou feio, eu
quero é ser bem atendida oras!
A fox life, por
exemplo, até tem uma proposta legal para os programas de culinária, mas aquelas moças jovens, sorridentes e
“antenadas” fazendo comidinhas bacanas nem de longe me passam a sensação de
conforto e acolhimento proporcionada pelo elenco de “gente de verdade” do
antigo Note e Anote. Elenco este que ainda sobrevive ao novo padrão “chef
descolado”, mas infelizmente imagino serem os últimos dessa geração.
Geração gente de verdade que faz comida para gente de verdade!
exemplo, até tem uma proposta legal para os programas de culinária, mas aquelas moças jovens, sorridentes e
“antenadas” fazendo comidinhas bacanas nem de longe me passam a sensação de
conforto e acolhimento proporcionada pelo elenco de “gente de verdade” do
antigo Note e Anote. Elenco este que ainda sobrevive ao novo padrão “chef
descolado”, mas infelizmente imagino serem os últimos dessa geração.
Geração gente de verdade que faz comida para gente de verdade!
Foi só um desabafo de alguém que acha um PORRE assistir na TV uma receita de “Raia na Manteiga de Garrafa e Tomilho Limão com Mandioquinha Defumada, Brócolis e Espuma de Amendoim”. (Valha-me Nossa Senhora do Bom PRATO um nome desse tamanho p/ uma porçãozinha que nem suja os dentes!) #prontofalei
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