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Cozinhas compartilhadas: condomínios vem aderindo a esta tendência econômica e sustentável

Quando se trata de vida habitual em um condomínio, o uso de áreas comuns é estabelecido pelo regulamento do local, ou mesmo pela legislação. Se, em regra, um morador pode utilizar livremente seu imóvel da forma que julgar mais adequada, deve, no entanto, respeitar os direitos dos demais em áreas comuns.

E assim, ao mesmo tempo em que não são permitidas intervenções no próprio domicílio que possam causar danos às partes comuns, como em quesitos como estabilidade e segurança do local, cada qual pode fazer o que bem entender com espaços próprios!

Contudo, hoje em dia, há uma nova tendência em condomínios que buscam uma proposta mais econômica e sustentável, buscando pela otimização de espaços privativos. Este é o caso de espaços que antes eram bastante íntimos, mas que com o tempo muita gente já tem considerado compartilhar: lavanderias, espaços de lazer e até mesmo  locais para relaxamento e maquiagem.

Mas, como funciona, na prática, o uso de espaços compartilhados? Vamos conhecer um pouco neste post sobre essa nova tendência e descobrir, principalmente, seus pontos positivos. Especialmente para quem deseja compartilhar um dos cantinhos que são os mais apreciados por muita gente e que hoje também já começa a ser projetado em formato comunitário e é uma grande promessa para o século XXI: as cozinhas compartilhadas!
Ficou curioso? Acompanhe a seguir!

Compartilhamento: uma tendência do estilo de vida urbano

O fio condutor que conecta as pessoas hoje em dia é o desejo de uma experiência urbana de baixa manutenção, aprimorada por conforto e pelo uso de alta tecnologia, seja em opções de moradia, trabalho ou lazer.

Então, é possível afirmar que nem todos que desejam morar em um apartamento num bairro central e ter comodidades diversas que a busca da vida no meio urbano muitas vezes requer, mas não o conseguem. Afinal, esse estilo de vida não sai barato!

Pensando nessa realidade, incorporadoras e investidores imobiliários
conseguiram identificar esse nicho de mercado como uma tendência: clientes que têm desejo por itens de grande valor agregado, mas não possuem recursos financeiros para isso – e que estariam dispostos a pagar menos para ter mais: assim surgiu a ideia dos espaços compartilhados.

Novas tendências em moradia e sustentabilidade

Assim como o desejo de vida urbana mudou a humanidade, o conceito de casa está mudando, assim como a maneira como as casas são construídas. A morada que as pessoas consideram conforto, segurança e família está sendo transformada em algo novo por uma confluência de fatores.

Entre eles estão o crescimento populacional, a escassez de moradias populares, regulamentos de sustentabilidade e uma indústria de construção que está no meio de uma revolução tecnológica. Em todo o mundo, a indústria do setor de imóveis está construindo cada vez mais novas formas de habitação que sejam acessíveis, compartilhadas, ecológicas, flexíveis, elegantes ou saudáveis.

Os indicadores de demanda futura em nosso estudo sugerem que a parcela de novas unidades representadas por formas de habitação futurísticas continuará a aumentar nos próximos 12 anos. As pessoas continuam a migrar para as cidades, aumentando a densidade urbana e a necessidade de alojamentos compactos.

Pesquisas afirmam que, em 2030, o número de pessoas que vivem em cidades com mais de 1 milhão de habitantes saltará de 3,1 bilhões para 3,8 bilhões, um aumento de 22%. Essa tendência já é evidente nas grandes cidades da Europa e também nos Estados Unidos ou mesmo no Brasil, onde 80% das unidades residenciais construídas no ano de 2018 eram em edifícios de vários andares, em comparação com cerca de 60% há dez anos atrás.

Impactos no setor de construção civil

A indústria da construção tem buscado cada vez mais fornecer os tipos de habitação que as pessoas desejarão viver no futuro. Para que isso aconteça, proprietários de edifícios, incorporadores imobiliários, empreiteiros e fabricantes de materiais de construção devem transformar a maneira como fazem negócios.

Entre outras coisas, eles devem agir cedo para garantir a propriedade em áreas desejáveis ​​e usar tecnologias modernas de construção e construção para fornecer os tipos de unidades habitacionais que as pessoas desejam morar. Eles também precisarão usar ferramentas digitais para quase todas as suas tarefas, inclusive para obter financiamento e melhorar a comunicação com os clientes finais. Se conseguirem fazer isso, poderão manter ou avançar sua posição competitiva atual. Caso contrário, correm o risco de ficar para trás.

Mudanças na sociedade alteram padrões de cozinhas

Uma outra tendência mundial bastante atual é o fato de que o tamanho das famílias está diminuindo e a população mundial está envelhecendo, aumentando o interesse por espaços residenciais que sejam menores do que os típicos hoje.

Em 2030, 43% das famílias em todo o mundo consistirão de apenas uma ou duas pessoas, aumentando a demanda por alojamentos menores. Ao mesmo tempo, o envelhecimento da população incentivará o desenvolvimento de moradias maiores para acomodar várias gerações que viverão sob o mesmo teto, especialmente em países orientais como a China e a Índia.

As residências futuras, provavelmente incluirão elementos de vários tipos e um deles serão, certamente, o compartilhamento de um cômodo da casa que sempre foi palco de grande harmonia e momentos de diálogo, conversa e aconchego para as pessoas: as cozinhas, que agora passarão a ser espaços compartilhados!

O que são cozinhas compartilhadas?

Como vimos, o conceito de espaços compartilhados são uma tendência positiva, que pode contribuir para momentos de convivência entre moradores de condomínios a um custo mais enxuto com a perspectiva de economia e redução de consumismo exagerado, permitindo até mesmo a promoção da
sustentabilidade e cuidados com o meio ambiente, como por exemplo a queda em uso de canos e eletrodomésticos em diversas residências, que passariam a ter um único local para esse uso.

As cozinhas compartilhadas são uma nova tendência, especialmente entre o público mais jovem, que tem uma nova forma de perceber o mundo. No ambiente do trabalho, ações de trabalho e empregabilidade em iniciativas co-working já são uma realidade, muito emergente no Brasil e que têm trazido diversos bons resultados.
Desse modo, a hora é das co-kitchens, as cozinhas compartilhadas, que ajudarão as comunidades a olhar mais para os seres humanos, a estarem inseridas em novos conceitos de morar melhor e gastar menos!

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Written by Tatiana Romano

Criadora do Panelaterapia. Reside em Sorocaba, deixou a profissão de Psicóloga e Professora para se dedicar à sua paixão pelas panelas e ao blog Panelaterapia que mantém desde 2009. Hoje se dedica a cozinhar, fotografar, escrever e brigar com a balança.

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