Conversando com o chef Mané Young descobri que temos pensamentos absolutamente iguais sobre algumas coisas. Eu estava comentando que recebo muitas dúvidas por e-mail e pelo conteúdo delas deduzo que muitos leitores são inciantes na cozinha. Por favor não levem isso como ofensa, pois já era o esperado, afinal quem é fera na cozinha não teria razões para frequentar um blog de receitas simples como o Panelaterapia ou de repente a pessoa esteja em busca de algo prático, mesmo sabendo executar o mais elaborado.
Nesse nosso papo ele comentou que é comum as pessoas que frequentam o restaurante ou os eventos em que ele cozinha perguntarem a receita de algum prato. E quando ele explica algo do tipo: “você faz um refogado com uma cebola, tomate, cheiro verde.…” sempre reagem de 2 maneiras: os que captam a essência e os que se ligam aos detalhes. Os que captam a essência reproduzem o prato, modificam ingredientes, criam e até melhoram a receita. Os que se ligam nos detalhes, que perguntam quantas gramas tem a cebola ou quantos ML tem a xícara utilizada, esses provavelmente nunca serão bons cozinheiros.
Eu acredito muito nisso. Ser capaz de executar uma receita com perfeição não significa ser bom cozinheiro. Você pode seguir um passo-a-passo, dar conta do recado, mas só quem tem amor pela cozinha consegue caminhar sozinho. E esse caminhar é totalmente intuitivo. A técnica te dá a base, paixão te dá a capacidade de criar!
Você pode até começar sua relação com a cozinha sendo o perfil detalhista mas busque ser o criativo. À medida em que você for abandonando os detalhes vai abrindo espaço para a sua autonomia. Isso é ser um cozinheiro feliz!
Imagen: getty images
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